agora, por exemplo, é dia de comemorar um estilo música que virou estilo de vida. neste 13 de julho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia do rock.
a data é a mesma do megaespetáculo Live Aid, criado por Bob Geldof, a fim de arrecadar fundos para combater a fome na África. dia de um grande show com os nomes mais importantes do rock mundial, e realizado simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos, todos nesta mesma data, em 1985.
O razão da escolha é significativa, porque o evento na verdade caracteriza, talvez, a última grande manifestação significativa e de impacto, onde se possa ver a típica atitude da cultura explosiva e criativa da geração que influenciara o planeta.
o rock, criado à imagem e semelhança de sua geração. tem eterna identidade jovem, é plena, para sempre. as suas referências estão cheias de valores imortais.
o amar à vida é mais do que uma ode intensa, ele remete ao ato vivo que o início definitivamente transgressor. o expressar-se.
viver tinha que ser absolutamente. não era para menos, começou quebrando limites, entre pretos e brancos, ricos e pobres, lucidez e loucura, feio e bonito, bons e maus, homens e mulheres, países, continentes.
mas, sempre aqui e agora. ser jovem é para sempre mas, observe a bula, o preço é alto, pod ser por pouco, muito pouco tempo.
a geração que viveu nos 50's, 60's e 70's, não estava nem aí e como nenhuma outra, foi capaz de fazer acontecer através de uma movimentada e inesperada seqüência de mudanças culturais profundas e significativas.
ela trouxe consigo esta associação música+atitude=transgressão cultural.
bem, pelo menos até ser inventada a fórmula para o sucesso. aí, descobriu-se o coreógrafo de palco, a ascendência dos diretores de marketing e o poder das gravadoras com as suas set-list e até mesmo o ultrajante playback. mas, nunca para sempre, só até ressurgirem das cinzas com Ramones e Clash à frente do movimento dos subterrâneos do punk-rock londrino e de Nova York. foi um últimato aos sentidos. um último suspiro dos corações rebeldes. talvez.
o que importa é que, de forma inédita, em 85 o evento de Bob Geldof foi transmitido para todo o mundo com a participação de artistas tri-cools e bandas clássicas como The Who, Madonna, Led Zeppelin, Dire Straits, Queen, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Joan Baez.
Em 2005, o mesmo Geldof organizou o Live 8, maior e em com shows em mais países, para pressionar os países ricos e os líderes do G8 a perdoar a dívida dos países pobres.
trazer novamente à exposição pública as grandes causas sociais, derrubando o discurso hipócrita do poder foi uma atitude "rock". era a alma rock latejando seu amor pela vida. depois disso, parece, descança em paz e se torna história. e como história começa no final da década de 40 e início dos anos 50, nos Estados Unidos, se espalhando pelo mundo.
há controvérsias sobre qual foi a primeira gravação do rock, a que marcaria o início do gênero musical, mas com certeza não foi, como muitas vezes é indicado, o esperto bonachão do Bill Harley, um sujeito que teve a percepção imediata do novo diante dos seus olhos, e ouvidos, e partiu para o abraço da glória com uma das mais famosas e emblemáticas canções do rock'and roll - Rock Around The Clock- lá por 1955.
that's rock'and roll! rock me baby!
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